13 de May de 2015 |
Eliminar o que é negativo é a primeira regra para líderes elevarem ao máximo a performance dos negócios, na opinião de Robert Sutton, professor de administração e engenharia na Universidade de Stanford e um dos fundadores do Center for Work Technology and Organizations e do Hasso Plattner Institute of Design. Sutton participou do Fórum HSM Liderança e Alta Performance. Ele falou sobre excelência exponencial, ou como as organizações podem obter sempre mais e nunca se conformar com pouco.
O caminho para elevar exponencialmente a excelência nas organizações começa na atitude de enfrentar o mau comportamento dentro delas, como a incompetência, o roubo, a preguiça e o egoísmo, segundo Robert Sutton.
Em seu mais recente livro – Potencializando a Excelência, publicado pela HSM em 2015, em coautoria com Huggy Rao –, Sutton mostra como as soluções de problemas complexos começam pela remoção do que é ruim e levam a disseminar a excelência por toda a empresa.
Para Sutton, há alguns sinais de que o mau comportamento está instalado ou em vias de se instalar nas organizações. Um deles é o medo da responsabilidade, quando, por exemplo, os colaboradores “sentem” que é mais seguro não fazer nada do que “arriscar” fazer a coisa certa. Outro é a percepção de injustiça. Se os funcionários têm a sensação de que recebem um tratamento injusto de seus líderes, o mau comportamento emergirá descontroladamente.
A forma como a companhia aérea norte-americana JetBlue resolveu os problemas causados nos processos de fechamento e reabertura de aeroportos por conta do mau tempo é um bom exemplo da ideia de Sutton sobre como eliminar o que é negativo e elevar o desempenho ao máximo.
Os equívocos cometidos pela JetBlue durante o fechamento do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, por causa do mau tempo em fevereiro de 2007, custaram muito à reputação da empresa. A partir dali, a companhia formou grupos de trabalho reunindo funcionários de diversas áreas – de pilotos a atendentes – e os fez escrever seus procedimentos passo a passo nessas situações.
Os procedimentos foram organizados em ordem cronológica e em todas as etapas que eles perceberam que precisavam corrigir algo colocaram um post-it rosa. Com a simples meta de fazer as equipes atuarem para eliminar os post-its do cronograma, eles conseguiram melhorar expressivamente o complexo sistema de suas operações quando do fechamento e reabertura dos aeroportos.
Sutton e seu colega de Stanford, Huggy Rao, estudaram por sete anos este e outros cases que revelam como as empresas fazem para melhorar a excelência. Eles buscaram entender como líderes e equipes constroem e identificam nichos com resultados valiosos e disseminam suas práticas para os demais funcionários e setores da organização.
Aprimorar e manter a máxima performance é um dos mais difíceis desafios que um líder experiente enfrenta, na opinião de Sutton. Para fazer isso há a necessidade de impelir cada pessoa, equipe e divisão a modificar o que acreditam, sentem ou fazem.